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terça-feira, 1 de maio de 2012

Visita ao mausoléu de Meishu Sama, em Shinsen-kyo, Hakone, nos dias 05/04 e 01/05/2012



Chegamos ao Japão em 04 de abril, às 20 horas, mas logo no dia seguinte, bem cedo, já fomos a Hakone fazer orações e levar os pedidos dos membros do Brasil ao mausoléu de Meishu Sama − e essa é a prática do Reverendo todas as vezes em que vem ao Japão: antes de iniciar qualquer atividade do seu programa de viagem, vai primeiro ao mausoléu de Meishu Sama fazer orações. É como se ele, primeiro, fosse cumprimentar Meishu Sama, para só daí dar início às suas atividades no Japão. E dias antes de embarcar para o Brasil, repete esse gesto: vai ao mausoléu de Meishu Sama para se despedir dele.

Realmente, para nós, messiânicos, ir ao mausoléu de Meishu Sama é uma emoção indescritível, sem comparações, pois, ao estarmos nesse local tão sagrado, compreendemos aquilo que Meishu Sama dizia em seus Ensinamentos quando se referia à beleza e à arte como formas de conduzir o homem a um estado de elevação espiritual.

Tanto a harmonia das construções quanto a beleza dos jardins do local nos transportam, mesmo que por breves instantes, para outra dimensão. Além disso, nessa oportunidade, podemos ainda visitar o Museu de Arte fundado por Meishu Sama e desfrutar de tudo aquilo que o fascinava tanto; é um momento que nos permite vivenciar a emoção de apreciar e ver, na prática, tudo o que Meishu Sama desejou nos mostrar como ideal de vida aqui na Terra.

Meishu Sama fazia tudo sempre pensando em alegrar o ser humano, em proporcionar momentos de felicidade e paz àqueles que adentrassem os locais sagrados que ele construiu como protótipos do Reino do Céu na Terra. Shinsen-kyo, conforme Meishu Sama mesmo o denominou, é um deles. Os outros dois modelos são Zuiun-kyo, localizado em Atami, e Heian-kyo, em Kyoto.

Quanto ao forte desejo de Meishu Sama em proporcionar alegria ao ser humano, em alguns trechos de seus Ensinamentos ele chega a falar a respeito desse seu dom em tornar as pessoas felizes:

“Desde criança, gostava de proporcionar alegria aos outros. Essa maneira de agir sempre foi uma característica peculiar da minha personalidade e eu, em todos os momentos, a venho praticando quase como um hobby. Vivo constantemente pensando e procurando meios pelos quais eu possa tornar felizes os meus semelhantes. Por isso, toda vez que me deparo com o sofrimento de um doente, não consigo ficar insensível. Imediatamente, peço permissão a Deus para curá-lo. Ao ministrar Johrei com um pensamento tão nobre, o enfermo sara e me agradece. A alegria daí decorrente se reflete no meu coração e eu me sinto feliz. Acredito não existir atualmente no mundo pessoa mais feliz do que eu. Por isso, estou sempre agradecendo a Deus tão precioso dom.

Quando aprecio obras artísticas de grande valor ou paisagens magníficas, não fico satisfeito e me sinto até constrangido por contemplá-las sozinho. Nesses momentos, surge uma vontade enorme de levar também o maior número possível de apreciadores a se deleitarem com elas. A satisfação e a alegria das outras pessoas sempre provocaram em mim um grande contentamento”.

(Meishu Sama)

  • Arte e Religião


A esse respeito, Meishu Sama diz o seguinte: “Muitas pessoas acreditam não existir entre religião e arte ligação alguma, o que, a meu ver constitui um erro. Na verdade, a arte tem como objetivo elevar os sentimentos, tornar a vida mais copiosa, proporcionar alegria e revalorizar o sentido de dignidade da existência humana.

Quando alguém de certa cultura artística contempla as flores da primavera, as folhagens coloridas do outono ou qualquer outra paisagem natural, sente brotar dentro de si uma alegria incontida.

Uma maneira de colocar em prática aquilo que eu ensino a respeito da alegria e da perfeição na maneira de agir, consiste em visitar museus onde sejam encontradas obras de grande valor artístico. Deleitando-se na apreciação da beleza, estarão todos polindo o espírito e elevando a alma.

A alma de quem contempla grandes obras de arte sempre entra em contato com a sensibilidade do artista e autor dos trabalhos apreciados. Assim, a sua capacidade individual e própria de sentir a beleza fica cada vez mais aprimorada.

Ao alcançar esse estágio, qualquer pessoa passa a observar também as outras realidades de maneira mais sensível. Atitude tal resulta não só do fato de se ter observado obras de elevado valor artístico, mas também da evolução do próprio discernimento. Ao valorizar a arte, todos acabam aprimorando o tieshokaku. Então, a partir desse nível, passam a ver as outras ocorrências com olhos críticos e, ao mesmo tempo, adquirem capacidade para separar o bem do mal, o verdadeiro do falso. É muito necessário, portanto, aperfeiçoar cada vez mais o tie”.

(Meishu Sama)

  • Museu de Hakone


Segundo as próprias palavras de Meishu Sama, “Graças à proteção de Deus e à dedicação de todos os membros, finalmente, foi concluída em junho de 1953 a construção do Shinsen-kyo (modelo do Reino do Céu em Hakone). Agora estou muito feliz porque se completou a edificação do Museu de Arte. Significa, na verdade, um passo em direção ao Reino de Deus na Terra.

Quem visitar o Museu de Hakone se surpreenderá com a preciosa coleção constituída de obras de arte tão raras. Profissionais do ramo, que visitam o nosso Museu, elogiam-no sem demagogia, por possuir obras de excelente qualidade. Até mesmo o diretor do Departamento Oriental do Museu Metropolitan de Nova York, ao visitar Hakone, teceu muitos elogios”.

(Meishu Sama)

  • Acervo do Museu


O Museu de Arte de Hakone (MOA Museum of Art) possui três andares, onde tudo foi projetado por Meishu Sama, desde toda a decoração interna até o desenho das prateleiras para exposição. As inúmeras janelas do local foram estrategicamente colocadas para que o visitante pudesse apreciar a arte em comunhão com a beleza dos jardins, que também foram criados por Meishu Sama.

O acervo do Museu conta com peças em maqui-ê, do grande mestre Shirayama Shousai, objetos da Escola Rinpa e de cerâmicas Ninsei. Com relação às gravuras japonesas Ukiyo-e, o Museu conta com a famosa série de Hiroshigue, intitulada "Cinquenta e Três Estações de Tokaido". Com relação às cerâmicas japonesas, possui uma coleção impecável, que conta toda a história do Japão, que vai do período Jomon (cerca de 10.000 a.C − 300 a.C) até o período Edo (1603-1868). O museu possui também cerâmicas e porcelanas chinesas, como as Tokoname, Seto, Echizen, Shigaraki, Tanba, Bizen. Isso só para dar apenas alguns exemplos da coleção de obras raras do MOA Museum of Art.


  • Os jardins e a beleza natural de Hakone


A área que compreende o Shinsen-kyo, construído por Meishu Sama, em Hakone, ocupa 19,8 hectares (equivalente a 200.000 m2). O local todo compreende o Museu de Arte de Hakone (MOA Museum of Art), instalações religiosas e o mausoléu de Meishu Sama. Possui também um jardim de musgo de rara beleza e harmonia, com vários tipos de musgos recolhidos de todas as partes do Japão, contrastando com árvores que, no outono, se colorem de belas cores.

E para dar uma ideia melhor dessa fascinante beleza e harmonia que Meishu Sama queria mostrar em seu jardim − o contraste do musgo bem verdinho com as folhas vermelhas das árvores no outono − mesclamos nesta matéria algumas fotos da viagem que fizemos ao Japão no outono passado, em novembro de 2011, com fotos tiradas na nossa atual visita a Hakone, nesta primavera de abril de 2012.

  • Entrada do Shinsen-kyo






  • A casa de Meishu Sama, em Hakone








  • O jardim de Shinsen-kyo, no Outono


































Fim


2 comentários:

  1. Que legado maravilhoso!!!! Muito obrigada por proporcionar a todos nós estas divinas imagens que nos colocam mais próximos a Meishu Sama!!!!

    Parabéns pelo belo trabalho!!! E ótimos momentos e vivencias para voces ai no Japão e muita Luz, saude e clareza para o Reverendo.

    Bjs soraya

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